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GEDUC 2024: Educação por essência – construindo trajetórias

Estiveram presentes o coordenador do curso de Engenharia Civil do UNIPAC Barbacena, Israel Lasbik, a superintendente administrativa Adriana Furtado, a diretora acadêmica da UNIPAC Lafaiete, Ana Carolina Chaves, e a diretora acadêmica do UNIPAC Barbacena, Sarah Russo.

Imbuídos do objetivo de acompanhar as tendências da Educação e, especialmente, da Educação Superior, a Fundação Presidente Antônio Carlos se fez presente no GEDUC 2024. O propósito de integração aos novos discursos e às novas práticas será traduzido dentro da FUPAC, em um painel digital, onde trabalharemos com todos os diretores das unidades da FUPAC, um debate de alinhamento das realidades de cada instituição aos preceitos demonstrados no GEDUC. Dessa forma a multiplicação das ideias se fará possível de um modo eficiente e prático, podendo se traduzir em uma agenda institucional.

A palastra Magna, proferida pelo ator Miguel Falabella, intitulada “Educação e protagonismo: novas atitudes na construção de trajetórias” nos remete a uma reflexão sobre como atuamos direta e indiretamente na construção da própria educação. Somos protagonistas na educação e não meramente agentes passivos e receptores. Em uma era da informação imediata, a necessidade de se tomar o controle do que realmente se faz útil de aprendizagem, passa a ser a grande habilidade exigida. Nesse ponto, a atuação como decisor e protagonista da sua própria formação passa a ser muito sobre as escolhas e comandos do que se deseja formar enquanto profissional e indivíduo. A capacidade de escolha e, principalmente, de recusa de conteúdos efêmeros ou que não agregam conhecimento ou informação relevante precisa ser exercida pelos indivíduos a todo momento em que se é bombardeado pelos diversos veículos receptores. Se há um desejo de construção de uma trajetória de formação, esse desejo fatalmente passa por escolhas, protagonismos, disciplina e propósitos. A formação superior, sem qualquer discussão, abre a mente do indivíduo para um mundo de conhecimento científico, supervisão de práticas, encaminhamento vocacional e amplitude de relações que definem uma primeira trajetória de vida, que via de regra, é seguida por muitos anos. Daí a grande importância, na juventude, das escolhas e das decisões tomadas.

A segunda Palestra Magna foi proferida pelo fundador da empresa STARTSE, Júnior Borneli, e trouxe o seguinte tema: “O amanhã te assusta? Como inovar saindo da intenção aos resultados?” Essa é a grande pergunta que todos os gestores em educação desejam responder. A mudança radical no mundo, quando a cada ano o novo deixa de ser relevante e atrativo, exige uma constante resiliência e uma constante atuação para a inovação. Em contrapartida a inovação na educação precisa seguir os preceitos regulatórios vigentes, dos quais não se desvincula, bem como as exigências econômicas para os resultados. Como então equilibrar estes três pratos em um malabarismo? A resposta pronta com a receita desejada não existe. O que se torna unânime é a constatação de que não se pode lutar contra a tecnologia e, ainda, que o que está hoje posto em dúvida por alguma empresa, para outra já se tornou passado e esta já está em busca de outra inovação. O equilíbrio mencionado vai demandar cada vez mais de profissionais que consigam apresentar a Educação Superior como algo atrativo, importante, inspirador e rentável ao candidato. E não somente um caminho para uma titulação.

Um outro momento do GEDUC trouxe à tona dois temas: Guerra do ticket na educação superior e Tendências do Financiamento Estudantil. São dois temas muito relevantes aos Gestores em Educação por se interrelacionarem. Um dos aspectos da evasão é justamente a insuficiência financeira do aluno. O ticket médio é um indicador extremamente importante para avaliar o desempenho financeiro da instituição e a grande concorrência no seguimento educacional tem provocado ações comerciais questionáveis quando se trata de levantamento dos custos reais de se manter uma instituição de ensino. Muito foi abordado nessa palestra sobre a banalização do ensino, tratando-o simplesmente como um negócio, com oferta de conteúdo em larga escala, sem o necessário acompanhamento na formação do profissional. Essa guerra do ticket fatalmente resultará na observação da qualidade de profissionais que estarão no mercado nas próximas décadas. Já sobre o tema de financiamento estudantil a constatação mais relevante foi a de que o público ingressante nas instituições de ensino superior tem se apresentado com uma grande diversificação etária. Essa informação também passa a exigir do gestor em educação uma inovação maior em atender aos diversos públicos. Muitas vezes poderá ser mais condizente apresentar financiamentos próprios à faixa etária com estabilidade financeira, mas também aderir aos financiamentos de terceiros quando observado se as demandas juvenis estiverem partindo muito desse canal. O fato é que a comercialização predatória do ensino não é predatória somente às instituições tradicionais. Ela também retira muito do que é entregado ao aluno, além da ambientação acadêmica como primeiras experiências de socialização profissional e network.

O GEDUC 2024 foi, sem dúvidas, um congresso para abrir a reflexão e inspirar a criatividade e adaptabilidades dos Gestores em Educação. Para a Fundação Presidente Antônio Carlos ficou a certeza de que estamos no caminho certo, ao buscarmos, cada vez mais, a promoção de um ensino acadêmico de qualidade com retaguarda prática aos alunos.

Texto por Adriana Furtado.


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