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Julho Amarelo: esse é o mês da prevenção e conscientização das hepatites virais e do câncer ósseo

Mês da prevenção e conscientização das hepatites virais e do câncer ósseo

O dia 28 de julho é o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais e o Câncer Ósseo, instituído pela Organização Pan-Americana de Saúde. Para explicar com mais detalhes sobre a campanha, o professor do curso de Biomedicina do Unipac Barbacena, Hugo Silva Pires, preparou um texto esclarecendo os principais pontos das doenças. Confira: 

  • Hepatite

A hepatite é a inflamação do fígado, que geralmente é causada por vírus, uso indiscriminado de medicamentos, uso de drogas, álcool e doenças autoimunes. Trata-se de uma doença que em muitos casos se desenvolve de forma silenciosa, onde as manifestações clínicas podem surgir entre 10 e 30 anos após a infecção.  O dano causado no organismo do indivíduo, muitas vezes, passa despercebido, manifestando sintomatologia clínica quando o organismo se encontra comprometido. A hepatite, quando não tratada, é capaz de comprometer o funcionamento do fígado, podendo causar cirrose e câncer, levando indivíduo a óbito.

Existem diversos tipos de hepatite, mas os mais comuns no Brasil são as hepatites A, B e C, que normalmente podem ser curadas com o medicamento adequado.

Os sintomas da hepatite podem variar ligeiramente conforme o tipo de vírus envolvido, mas geralmente se manifestam na fase aguda da hepatite, através de: dor de cabeça e mal-estar geral; dor e inchaço abdominal; cor amarelada na pele e na parte branca dos olhos; urina escura; fezes claras e náuseas, vômitos e emagrecimento sem causa aparente.

A hepatite B normalmente não apresenta sintomas e progride lentamente. Nos poucos casos que apresentam sintomas, estes podem ser febre, cor amarelada na pele e nos olhos e mal-estar, e 95% das vezes a cura da hepatite B pode ser alcançada, embora haja casos de hepatite B crônicos.

O diagnóstico precoce ajuda no tratamento e aumenta muito a chance de cura. O teste para hepatite B e C está disponível nas Unidades Básicas de Saúde do Sistema único de Saúde (SUS) 

As causas da hepatite podem envolver a contaminação com vírus, bactérias ou parasitas, sendo que no Brasil os vírus da hepatite A, B e C são os maiores responsáveis pelos casos de hepatite no país. Dessa forma, as causas da inflamação no fígado podem ser:

  • Infecção com vírus da hepatite A, B, C, D, E, G; bactérias ou parasitos causadores da hepatite;
  • Medicamentos;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas e
  • Ingestão de cogumelo venenoso.

A transmissão da hepatite pode ocorrer pelo contato oral-fecal ou pelo contato com o sangue contaminado. Algumas formas de contaminação com a hepatite são: partilhar seringas; relação sexual sem camisinha; consumir alimentos ou água contaminados; contato com urina ou fezes do indivíduo contaminado.

Outras formas de contaminação menos comuns são a transfusão sanguínea antes de 1990, e de mãe para filho através do parto normal, quando não foi realizado o pré-natal devidamente.

Prevenção 

  • Lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro.
  • Lave e cozinhe bem os alimentos antes de consumi-los.
  • Não tomar banho em riachos perto de esgoto aberto.
  • Vacine-se
  • Use preservativos em todas as relações sexuais.
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como barbeadores, alicates de unhas.
  • Não compartilhe nenhum objeto que possa ter tido contato com sangue.

Tratamento 

O tratamento para hepatite pode ser feito apenas com repouso, boa alimentação e hidratação. No entanto, em alguns casos o médico poderá prescrever o uso de medicamentos.

Os medicamentos contra hepatite podem provocar efeitos colaterais como irritabilidade, dor de cabeça, insônia e febre e por isso muitos pacientes abandonam o tratamento, sem o conhecimento do médico, comprometendo a cura da hepatite.

O tempo de tratamento pode variar dependendo do tipo de hepatite e da resposta imunológica do paciente contra a infecção. Durante todo o tratamento deve-se ter o cuidado de preferir alimentos de fácil digestão, sendo recomendado seguir uma dieta para tratar a hepatite.

Hepatite tem cura

A hepatite tem cura na maior parte das vezes, mas em alguns casos, quando o indivíduo não é devidamente tratado ou não respeita as orientações do médico, a doença pode gerar complicações e ser de mais difícil cura, podendo levar à morte.

  • Câncer Ósseo

O câncer nos ossos compreende em um tumor originado de células atípicas produzidas no tecido ósseo ou pode se desenvolver a partir de metástases de células cancerosas de outros órgãos. Apesar de serem descritos diversos tipos de câncer nos ossos, as manifestações clínicas se apresentam de forma semelhante, podendo apresentar-se com quadros clínicos típicos como dor e inchaço nas articulações e fraturas frequentes devido ao comprometimento do tecido ósseo.

Os sintomas mais comumente observados nos indivíduos acometidos pelo câncer nos ossos incluem:

  • Dor nos ossos: normalmente no início a dor não é constante, porém pode ser muito intensa à noite ou quando se movimenta;
  • Inchaço das articulações: podem surgir nódulos nas articulações, aumentando a dor e o desconforto principalmente nas articulações, comumente observadas no joelho e cotovelos;
  • Ossos que quebram facilmente: podem ocorrer fraturas patológicas, devido à fragilidade provocada pelo tumor, sendo mais comum fraturas do fêmur ou da coluna.

Além destes sinais de câncer, o tumor pode levar à perda de peso sem razão aparente, cansaço intenso e febre constante.

O diagnóstico é realizado por um ortopedista ou oncologista com o auxílio de exames como raio X, ressonância magnética, tomografia computadorizada, pet scan e biópsia óssea. O tratamento para o câncer nos ossos pode ser feito com quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, dependendo do tamanho, tipo e localização do tumor no osso.

Tipos

Existem diversos tipos de câncer nos ossos, dependendo do local, do tecido e do tipo da célula que forma o tumor, como:

  • Osteossarcoma: é o tipo que se desenvolve a partir de células responsáveis pela formação dos ossos, e ocorre principalmente nos ossos dos braços, pernas e pélvicos, sendo mais comum na faixa etária entre os 10 e 30 anos;
  • Condrossarcoma: tem início nas células da cartilagem, é o segundo tipo de câncer nos ossos mais comum e é raro em pessoas com menos de 20 anos;
  • Sarcoma de Ewing: pode surgir em crianças e adolescentes, é mais raro em adultos com mais de 30 anos e as partes mais atingidas são os ossos da região pélvica e ossos longos das pernas e dos braços;
  • Histiocitoma fibroso maligno: este tipo de câncer no osso tem início nos ligamentos e tendões que ficam próximos aos ossos, sendo mais comum nos idosos;
  • Fibrossarcoma: também o tipo de câncer nos ossos que se desenvolve a partir dos tecidos moles, conhecidos como ligamentos e tendões;
  • Tumor de células gigantes do osso: pode ser benigno ou maligno e geralmente afeta a região dos joelhos;
  • Cordoma: se desenvolve mais frequentemente em adultos com mais de 30 anos e atinge os ossos do crânio e da coluna vertebral.

O tratamento para câncer nos ossos é indicado pelo oncologista e depende do tipo de tumor, do tamanho e da sua localização, sendo normalmente indicada a realização de quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, a realização de cirurgia para retirar o tumor. Em casos avançados o tratamento é apenas paliativo, tendo em vista melhorar a qualidade de vida do paciente. Dessa maneira se torna imprescindível o diagnóstico precoce do câncer ósseo.

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